A pesquisa, pouco divulgada, foi realizada em 2017 nas 5 principais redes de supermercado do Brasil e foram analisadas as informações presentes nos rótulos de 11.434 produtos. Para chegar aos resultados, foi comparado o que o produto apresenta em sua lista de ingredientes com as informações presentes nas alegações nutricionais. Os números são alarmantes: 11,5% dos salgadinhos analisados continham gordura trans, assim como 9,2% dos produtos de panificação, 8,4% dos biscoitos, 6,1% dos doces e sobremesas, 3,1% das comidas de conveniências e 2,2% dos molhos e temperos.
Em resumo, cerca de 20% dos “zero trans”, tem gordura trans
Os dados se encontram no site do IDEC – Instituto de Defesa do Consumidor.
O IDEC explica que a informação sobre a quantidade de gordura trans nos alimentos é obrigatória no Brasil. Porém, se igual ou inferior a 0,2 gramas por porção do alimento, pode ser declarada como zero na Tabela Nutricional. Mas existe uma tolerância de precisão nos valores declarados: a indústria pode manipular o tamanho da porção para que o valor da gordura trans seja declarado como zero. Assim os rótulos enganam sobre a presença de substâncias que fazem mal à saúde.
A gordura trans é uma gordura vegetal que passa por um processo químico industrial de hidrogenação. O objetivo é conseguir texturas mais apetitosas e prolongamento da data de validade dos alimentos. Para sua produção, o óleo líquido é transformado em gordura sólida, um processo de baixo custo que em geral deixa os alimentos mais crocantes. Em outras palavras, é o ícone maior dos alimentos ultraprocessados.
Um detalhes é que você nunca vai encontrar um rótulo que diga que a gordura trans está ali, ela vai aparecer sorrateiramente como gordura vegetal hidrogenada.
Para ser justo, é preciso dizer que leites e carnes também contém naturalmente gordura trans, mas em quantidade ínfima, e não em doses literalmente industriais como nas gorduras vegetais processadas.
Não é exagero dizer que gordura trans é uma bomba para o organismo. Em primeiro lugar ela diminui o nível de colesterol bom (HDL) e aumenta o do ruim (LDL) aumentando os riscos vasculares e coronarianos de forma expressiva. Além disto ela contribui decisivamente para o acúmulo de gordura na região abdominal.
Sabe aquela batata congelada que vem pronta para fritar? Ela só fica crocante mesmo porque é cheia de gordura trans. Salgadinhos, sorvetes (ah, aquela textura cremosa!), biscoitos que duram uma eternidade, margarinas, massas instantâneas, chocolates, pipoca de microondas, pães e bolos industrializados são os que mais tem a maldita substância.
Mais impressionante é que ela não oferece nenhum benefício à saúde!
Em
um informe de 2019 a Organização Mundial da Saúde – OMS alertou
que nada menos do que cinco bilhões de pessoas no mundo convivem com
riscos de saúde associados ao consumo de gorduras trans industrial.
O informe diz que o ingrediente é responsável direto por 500 mil
mortes por ano.
Atualmente, a OMS recomenda que o consumo diário
de gordura trans não ultrapasse 1% do valor energético total de uma
dieta — o que representaria algo como não mais do que 2g por dia
em uma dieta de 2.000 calorias, ou uma colher de sobremesa de
margarina.
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