Podia ser por telefone, mas o bom é tentar fazer! Há tempo discutimos a possibilidade de fazer uma pizza de boa qualidade em casa, num apartamento, no caso, sem nada comparável a um forno a lenha.
É sabido que a grande questão do forno a lenha é que ele obtém uma temperatura muito superior aos fornos a gás ou elétricos. Há alguns fornos elétricos que funcionam com alta pressão e assim conseguem elevar a temperatura, mas é claro que não tenho um destes.
Há tempo ouvimos falar que uma pedra dentro do forno ajuda a elevar a temperatura e homogeneizá-la. Soninha já testou com um bloco de cerâmica e obteve bom resultado fazendo pães. Então resolvemos mandar cortar uma pedra de granito do tamanho exato do nosso forno para avançar na aventura da pizza.
Botamos a pedra no forno, ligamos no máximo e fomos preparar o resto das coisas.
Para a massa os ingredientes básicos são: fermento biológico, farinha de trigo, azeite e sal.
Numa tigela junte um tablete de fermento, ou pacotinho, em meia xícara de água morna e mexa para dissolver.
Coloque a farinha peneirada numa superfície lisa. Faça uma cavidade no meio, coloque um pouco de sal.
Acrescente o fermento e comece a misturar com um garfo. Aos poucos incorpore mais meia xícara de água morna e um fio de azeite. Depois trabalhe a massa com as mãos até que fique bem consistente e elástica.
Com a massa pronta, cubra com um pano e deixe descansar por três horas. Depois, polvilhe farinha numa superfície e abra a massa no formato que desejar.
A nossa receita foi adaptada à metade dessas medidas, pois não queríamos que sobrasse massa.
Nenhuma pizza é boa sem um bom molho de tomate na sua base:
– uma cebola picadinha
– um dente de alho picadinho
– uma lata de tomate pelado
– Dois galhos de majericão fresco
– Sal e pimenta
– Meio cálice de vinho branco seco
VEJA AQUI VÍDEO SOBRE COMO FAZER MOLHO DE TOMATE
Na panela com azeite devidamente aquecido vai a cebola que refoga até murchar antes de receber a companhia do alho. Em seguida vem o tomate que “quebramos” em pedaços na própria panela. Correção de sal e pimenta do reino a gosto. Vinho branco e deixa levantar fervura por poucos minutos. Com um mixer (ou liquidificador, na sua ausência) tritura-se tudo. Por fim os galhos de manjericão inteiros. E deixa-se o molho apurar por uns 20 minutos, mexendo vez que outra.
Optamos por fazer uma única pizza grande no tradicional sabor Margherita.
Abrimos a massa e, na falta de uma espátula grande para manipulá-la inteira colocamos ela na pedra quente num formato quadrado. Enquanto um segurava a pedra, outro espalhava o molho sobre a massa, queijo mussarela ralado grosso e, por fim, fatias de tomate sobre tudo.
Uma certa ansiedade fazia a gente dar uma espiada vez que outra no forno. Em cerca de 15 minutos sentimos a borda crocante, demos uma olhada no fundo da pizza e vimos que estava ok. Foi fácil removê-la da pedra: apenas puxamos com uma pinça grande e ela escorregou íntegra para a tábua em que foi a mesa. Mas antes de comer espalhamos folhas de manjericão fresco que só com o calor da pizza solta um perfume espetacular.
Precisa melhorar: a massa poderia ter um pouco mais de farinha, ser mais consistente para facilitar a manipulação e permitir que fosse aberta mais fina.
Ficou um pouco massuda, por conta da altura da massa, mas o recheio e a massa cozeram no mesmo tempo, o que é boa notícia.
O molho ficou excelente e fez o seu trabalho, ressaltado pelo manjericão fresco.
Vamos tentar outras vezes até chegar a algo melhor ainda.
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eu comia! :)
Prezado, estou pensando em fazer o mesmo que você, ou seja, comprar uma pedra pra colocar no forno. Aproveitando a sua experiência, me tire algumas dúvidas: 1) Qual a espessura da pedra? 2) Que tipo de granito você utilizou (branco, preto, etc..) 3) Alguma providência em especial pra evitar que a pedra trinque?. Parabéns pelo seu blog!
Olá, Freddo.
Mandei fazer a pedra numa marmoraria, na medida exata do forno. Pedi um granito de 2cm de espessura, daqueles que são acinzentados, meio mesclados, sabe? Uma linha mais barata. Pedi que a pedra fosse polida em toda a volta, arredondando a borda. Por fim, um dos cuidados que tomamos é não derrubar água fria, por exemplo, na pedra quente. Acho que os contrastes de temperatura são arriscados. Espero ter ajudado. Agradecemos sua visita e volte sempre. Abs.
Cozinha é tipo um laboratório mesmo, né? Eu adoro me aventurar, mas erro bastante! É como a ciência: tentativa e erro, até chegar à perfeição! Bjs gastronômicos!
Oi, Renata. Errar, experimentar, fazer de novo... A alegria da cozinha está nisso, não é mesmo? Sim, a cozinha é um lugar muito especial... Bjão
Adorei a proposta do Blog! Parabéns!
Tenho uma dúvida: quanto à pedra, li no comentário anterior que você mandou fazer em uma marmoraria. Gostaria de saber qual foi, mais ou menos, o preço, pois estou pensando em fazer a mesma coisa! hehehe
Olá. Confesso que não lembro o nome da marmoraria nem quanto custou. Mas qualquer marmoraria faz. Sobre o preço não é nada absurdo, acho que foi menos de R$100,00. Tudo depende da pedra que vc escolher. Escolhi um granito da linha mais econômica. faça mesmo, vc não vai se arrepender. Abs