Todos os anos quando chega essa época do Natal ficamos envolvidos por uma série de coisas. As famosas correrias de Natal que anunciam a exacerbação do consumo, a cidade que se enche de turista e fica inviável, todo mundo meio alucinado por alguma razão… Nossa opção normalmente, além de respirar para tentar manter a calma, é buscar a simplicidade de um caminho menos comercial. Já presenteamos muitas pessoas queridas com nossos quitutes. Coisinhas gostosas pensadas com carinho. Sobretudo privilegiamos os encontros, que claro, normalmente envolvem comida. O panettone faz parte desta tradição.
Mesmo assim, não desisto. Cada ano arranjo uma receita nova e insisto mais uma vez. Isso me alegra pelo fato de acreditar que, na contramão de tudo que parece vulnerável no mundo contemporâneo, fazer panettone exige tempo, paciência e, sobretudo cuidado. É como se o fato de cuidar e alimentar o fermento, cuidar a temperatura da casa, mexer na massa, ir aumentando seu volume, ir acrescentando novos ingredientes, tudo isso fosse recebido e devolvido na forma de um pão frutado, de cheiro incomparável e massa porosa. Essa troca me alimenta.
Como não poderia ser diferente chegou a hora. Depois de meses de trabalho, no meu primeiro final de semana sem compromissos, resolvi me dedicar aos panettones deste ano.
Escolher a receita. Vários blogs interessantes postaram suas receitas deliciosas. Um dos meus preferidos, A Cozinha Coletiva, tem inclusive um vídeo super bacana de uma italiana preparando a massa. Excelente para conhecer o ponto certo.
Mas empreendi na receita de Roberto Strongoli, publicada na revista Gula de novembro de 2005.
Desta vez, com balança digital em mãos, resolvi seguir à risca a receita no seu passo a passo. Resolvi também investir em algumas preciosidades, como por exemplo, comprar uma farinha de qualidade. Apelei para a minha amiga que tem uma padaria séria. Agradecimentos especiais à Marlene Rocha.
A receita para quatro panettones de 500gr, rendeu cinco belezuras colocadas em forma de 400gr. Excelente aproveitamento.
Massa poolish (técnica para deixar o panettone úmido)
Esponja
Finalização da massa
Massa poolish
Misture a farinha de trigo, a água e o fermento na tigela de uma batedeira, caso você tenha uma dessas bem poderosas com gancho pra pão. Eu fiz tudo com a mão e nem foi tão difícil assim.
Misture até obter uma massa lisa e firme. Passe a massa para um recipiente grande e deixe 36h descansando coberta por um pano e em temperatura ambiente. Incrível o perfume que a fermentação vai ganhando!
Esponja
Misture os ingredientes até a massa ficar homogênea. Se for na batedeira em velocidade baixa.
Deixe a massa descansar por volta de 30min.
Acrescente à massa da esponja os ovos batidos, a baunilha e a água (não toda!). Bata em velocidade baixa, ou mexendo com cuidado. Acrescente a manteiga derretida.. Junte os ingredientes restantes, mexendo e, por último, incorpore a massa poolish. Continue mexendo e fazendo as correções de água e farinha. Fica uma massa lisa e pegajosa.
Nesse momento acrescente as frutas do recheio, misturando lentamente.
Deixe a massa descansar por 30min.
Unte as mãos com o óleo e divida a massa em quatro porções. Deixe descansar por mais 30min.
Refaça as quatro bolas e coloque-as nas formas de papel. Espere a massa crescer até dobrar de tamanho. Pincele com ovo batido. Eu coloquei um pedacinho de manteiga na centro de cada um antes de ir ao forno preaquecido a 180ºC por cerca de 40 min.
Espere esfriar e sirva.
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Quanto tempo posso guardar o restante da massa poolish da pra aproveitar novamente ou sempre q eu for fazer tenho q fazer outra massa
Olá, Patrícia.
Por aqui nunca sobra, por isso nunca aguardei. :)
Como esta massa não tem nenhum conservante acho que vc pode guardar na geladeira por poucos dias, mas o mais aconselhável é fazê-la novamente a cada receita.
Boa sorte! Bjos!