Audrey Schimitz era a primeira da fila para verificar in loco as nossas funções na cozinha. Ela é nada menos do que a designer que criou o nosso cabeçalho, com todo aquele charme do traço manual, que já é raridade nestes dias de tantos computadores. Doida por lanches, ela não escondia seu desejo de experimentar o hambúrguer caseiro.
Quando ela chegou para o happy hour, a cozinha já estava funcionando. A base para os sanduíches estava composta. Mas a parte essencial só se prepara na hora.
Hambúrguer é daqueles pratos que vivem cercados de preconceitos. Sua associação aos fast foods o torna vilão antes de qualquer consideração. Na verdade um bom hambúrguer não precisa ser um concentrado de gorduras hidrogenadas, conservantes e outras químicas nefastas. Preparado com carne fresca pode ser algo tão saudável quanto gostoso. E ainda manter o encanto que remete aos anos 60. Hoje em dia estão na moda as hamburguerias chiques. Até chefs renomados como o inglês Heston Blumenthal já se debruçaram sobre o desafio de fazer o hambúrguer perfeito.
Fizemos aproximadamente 1 kg de carne temperado com sal, uma pitada de pimenta moída na hora e um dente de alho amassado. Não gosto de acrescentar muitas ervas e outros condimentos. Considero que o que estamos buscando é o sabor da carne. Daí é sovar esta massa até que tudo fique unido, com consistência uniforme. Com um pequeno aro se formata os hambúrgueres com a altura que desejar. Gosto deles bem redondinhos com pouco mais que um dedo de espessura. Uma dica é fazê-lo de com um diâmetro uns 20% maior do que o do pão que se vai usar. Normalmente ele encolhe quando for para a chapa. É uma boa deixar os hambúrgueres, ainda crús, “descansando” sobre uma folha de papel manteiga na geladeira.
Quando o hambúrguer está no ponto – e não recomendo que seja muito passado –, ainda na chapa, coloco uma boa quantidade de queijo prato sobre cada um deles e abafo com uma tampa até que o queijo comece a amolecer. Da chapa vai para o pão, que jê deve ter sido preparado para recebê-lo.
Procuro comprar o pão de hambúrguer em uma boa padaria. Corto-os ao meio e, um por vez, coloco aberto na sanduicheira elétrica para uma breve aquecida e tostada dos dois lados. Quando prontos, a parte de baixo ganha uma delicada umedecida com maionese e a parte de cima é besuntada com ketchup e mostarda, sem exageros.
O hambúrguer coroado com queijo vai sobre o pão e sobre ele uma ou mais rodela de tomate e um punhado de alface cortada em tirinhas. Cobre-se com a outra parte do pão e está pronto o sanduíche ao velho estilo dos anos 60.
Cuide para que duas coisas não aconteçam: que o sanduíche fique mais alto do que a mandíbula consegue dar conta; e para que o exagero nos molhos não faça com ele se desmanche na primeira mordida. O bom hambúrguer se come com as mãos, sempre estruturado e sem sujeiras além do necessário.
Com ingredientes frescos é um lanche farto e livre das adições industriais. Mas não esqueça que em termos de sabor a estrela é a carne. Não abuse dos temperos e molhos.
Faça seu hambúrguer e venha contar como ficou.
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Nossa, isso estava uma delícia! Obrigada ao Gastão e a Soninha pela receptividade, pelos quitutes e claro, pela conversa divertidíssima!
Que delíciaaaaa! Também quero! hehehe
Vou tentar fazer as receitinhas, Gastão e Soninha.
Saudades!
Beijão enorme!