Tatu no tucupi

0

Nossa amiga @rayanaborba foi a um evento de gastronomia em Belém do Pará e desembarcou na nossa casa com uma garrafa de dois litros de tucupi, que é o caldo extraído da mandioca brava, muito usado na culinária do norte.

A receita mais tradicional é sem dúvida o pato ao tucupi, mas não tínhamos nenhum pato confiável nas redondezas. Pesquisa daqui e dali e achei uma receita de tatu ao tucupi. E foi este o caminho que decidimos percorrer.

Primeiro temperamos a carne com uma mistura de temperos socados num pilão: pimentas (branca, preta, rosa e calabresa), alho desidratado, alecrim fresco, tomilho seco, orégano seco e sal. Umedecemos a carne com um pouco de molho de soja e suco de limão e deixamos marinar por uns 40 minutos.

Em uma panela com um pouco de azeite colocamos a carne para dourar. Enquanto ela ganhava cor em todos os lados, numa panela de pressão refogamos cebola, pimentões (verde, vermelho e amarelo), um tomate e duas colheres de sopa de extrato de tomate. Quando a carne ficou belamente dourada foi para a panela de pressão e foi coberta com água quente uma hora na pressão (tempo contado com a panela chiando).

Quando abrimos a panela de pressão e encontramos a carne já bem macia, acrescentamos o tucupi. Mais ou menos um litro do caldo amarelo que cobriu a carne. Aí, com a panela aberta deixamos ferver e reduzir o molho até ficar bem grosso. Junto com o tucupi seria correto acrescentar também folhas de jambu, outra especialidade paraense, mas não tínhamos. Então resolvemos servir a carne sobre uma cama de agrião bem fresquinho.

A composição do agrião ficou ótima. Não dava a dormência na boca que proporciona o jambu, mas casou perfeitamente, ressaltando as notas ácidas do molho.

Servimos acompanhado de batatas assadas com azeite, páprica picante e alecrim. E o @jouber_castro nos ensinou o segredo de “limpar” o prato catando o molho com um pão bem fresquinho.

Ficou show.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui