A receita de risoto caprese estava na minha cabeça desde o 10º Risoto Solidário. Vi, provei e me apaixonei pelo que fez lá a amiga Cynthia Caiaffa. Bonito, colorido, perfumado e com ingredientes simples. Comprei o que não tinha em casa pensando em fazê-lo no final de semana, mas não sabia em que refeição ele seria a estrela.
No final da tarde de sábado me preparava para ver Grêmio X Corinthians pelo Campeonato Brasileiro quando a Soninha me ligou. Estava terminando de desmontar uma exposição de fotografias que ela participou.
– Tô quase saindo. Uma fome… Vai ter aquele risotinho hoje?
– Daqui a pouco quero ver o jogo, vou ver o que dá para fazer no intervalo.
Caldo de legumes
Como todo risoto começa com um bom caldo, e caldo a gente bota na panela e não precisa ficar cuidando muito, calculei que dava para dar início aos trabalhos no intervalo do jogo.
Quinze minutos foram mais do que suficientes para botar na panela:
- Uma cebola média cortada em quatro partes
- Uma cenoura grande cortada em rodelas grossas (com casca e tudo)
- Um talinho de alho poró em rodelas
- 2 dentes de alho descascados
- Uns galhos de salsinha
- Uns três talinhos de cebolinha verde
- Um pouco de talos e folhas de brócolis (estavam lá, disponíveis…)
- Uma folha de louro
- Grãos de pimenta preta e branca
- Sal a gosto
Tudo foi coberto com água fria e levado ao fogo. Água fria? Sim, aquecer aos poucos os legumes faz com que eles soltem seu sabor e suas propriedade nutritivas mais efetivamente. Se houvesse um choque de água quente isto ficaria prejudicado.
Aos vinte minutos do segundo tempo a panela já fervia, mas o jogo continuava zero a zero. Foi quando a Soninha chegou e encontrou a casa perfumada pelo vapor que emanava da fervura.
Os beijos de boas vindas amenizaram a ansiedade causada pela retranca corintiana que impedia a abertura do placar. Aproveitei que ela foi bisbilhotar o caldo e pedi para baixar o fogo ao mínimo, que é como um caldo deve ser apurado. Lentamente.
Ingredientes da receita
Mas ela estava com pressa, ou fome, melhor dizendo.
– O que eu posso adiantar aqui?
– Separa os ingredientes, que risoto precisa que tudo esteja na mão na hora de preparar.
Foi então que Soninha começou a montar a mise en place.
- Uns 15 tomates cereja foram cortados aos meio.
- 100g de mussarela de búfala foram cortadas em pedaços pequenos.
- Folhas de manjericão foram separadas até fazer meia xícara.
- Um copo de molho de tomate caseiro, que sobrou da refeição de sexta-feira, foi posto ao lado. (também serve meia lata tomate pelado batido no liquidificador)
- Meia xícara de parmesão ralado foi separada.
- Um copo de vinho branco seco ficou na espera.
- Uma colher de manteiga também ficou aguardando.
- E, claro, uma xícara de arroz de risoto (usamos carnaroli) prontinha para virar risoto.
O risoto caprese
Com o caldo pronto e vendo que o jogo não passaria do modorrento zero a zero, desanimei com o esporte e parti para a cozinha. Fiquei vendo a partida de soslaio, por cima do balcão que divide a sala e a cozinha.
Panela de ferro no fogo alto, entrou a manteiga que reguei com um fio de azeite de oliva (um truque para ela não queimar). Quando estava bem derretida e começando a espumar joguei o arroz na panela. E já comecei a mexer. Quando o arroz começou a ficar transparente o vinho veio ajudá-lo a soltar seus amidos. E toque mexer.
Quando o vinho começou a secar entrou a primeira concha de caldo coado. Quando o caldo começou a secar entra o molho de tomate, que tem o papel de colorir este risoto. Daí para frente, cada vez que a coisa vai secando a gente vai colocando mais caldo, aos poucos.
E assim vai por uns vinte minutos: mexendo e colocando caldo… Até o arroz ficar al dente.
Quando está quase no ponto, entram os tomatinhos e, em seguida, a mussarela. Aí a gente mexe para ver o queijo se desmanchar e deixar tudo muito cremoso. Hora das folhas de manjericão que vão nos entorpecer de perfume.
Bem nesta hora a Soninha chegou com o celular para fazer um filminho para o Instagram.
Agora, com o fogo desligado, juntamos o parmesão ralado e mais uma colher de manteiga.
Deleite
A clássica mistura de tomate, manjericão e mussarela de búfala, mais conhecida como salada, alegrou o arroz com texturas e aroma.
Com pressa (ou fome?) a Soninha foi rápida para montar um prato e levar para ser fotografado no pequeno cenário que ela montou enquanto eu seguia mexendo na panela. Clic. Clic. Clic. E vamos comer. De colher como este risoto cremoso sugere.
Garanto que o sabor foi tanto que até esqueci de ficar mal humorado com o zero a zero.
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os amigos vegetarianos ficam maravilhados e os carnívoros surpresos, procede?
Exatamente!!! E no fim todos se esbaldam. Bjos!