Aqui em casa intensificamos o desejo de reduzir a produção de lixo. Não é nada fácil. A tal da sacolinha de plástico que vem do supermercado ou de qualquer lojinha por onde você passa, é simplesmente um pesadelo. Faz tempo que usamos sacolas retornáveis ou caixas de papelão, mas ainda assim elas aparecem. Aos poucos temos criado estratégias para nos forçar a diminuir esta produção. Uma delas, que é relativamente simples, é o reaproveitamento de potes de vidro na organização da despensa.
Faz tempo que já reciclamos nosso lixo. Já faz tempo que temos um minhocário para aproveitar o lixo de sobras de casca e tals. Mas notamos alguns embates que nosso cotidiano. Como é difícil lidar com o excesso de embalagens dos produtos. Como é difícil não trazer lixo para casa. Uma das atitudes que tomamos foi criar uma rotina de compras que evite, na medida do possível, embalagens. Quando compramos algo que já vem embalado, especialmente em vidro, tentamos reaproveitá-los. Eles servem para organizar os produtos nos armários. Nosso maior esforço é comprar alimentos por peso e levar os potes de vidro pra já pesar e trazer pra casa o produto nele. É fácil? Não. Precisa de determinação? Sim!
Reduzir o consumo é o caminho
Persistência é o nome do negócio. Claro que não se consegue exercitar isso nas compras feitas em supermercados. Mas é possível na loja do bairro. É possível levar o seu saquinho pra pesar o seu pão lá na padaria de sua preferência. É possível minimizar embalagens, quando você interage e compra direto do produtor. Enfim, são mudanças na sua rotina que podem gerar alguma diferença.
Claro que não vamos salvar o planeta reutilizando vidro. Inclusive temos que refletir mais sobre todo o processo de reciclagem. Como consumidores, fomos convencidos que a reciclagem era o caminho. Hoje, além de sabermos que os números sobre reciclagem são irrisórios, sabemos também que há uma política que nos conduz diariamente numa lógica do consumo. Sem dúvida, em países como o Brasil, o lixo é um gerador de renda para pessoas que estão em situação de exclusão social e empobrecimento extremo. Mas sabemos também que os pilares para uma mudança estão na redução do consumo e da produção de resíduos e não na reciclagem.
Não podemos delegar à reciclagem a função de amenizar nossa culpa por consumir plástico, por exemplo. O fato é que as famigeradas sacolinhas de supermercado acabam nos aterros sanitários.
VEJA AQUI 10 DICAS PARA REDUZIR O CONSUMO DE PLÁSTICO NO DIA A DIA.
Pequenos gestos que fazem a diferença
Veja a matéria SÓ LIXO: Como a indústria de plásticos luta para continuar poluindo o mundo para entender um pouco como as grandes empresas constroem lógicas e discursos que vão do estímulo à reciclagem ao patrocínio de eventos que se dizem ambientalmente sustentáveis para construir uma imagem ideal e atrair e ludibriar o público.
Parece absolutamente insignificante reaproveitar as embalagens de vidro para guardar mantimentos e, numericamente, é. Mas o que importa neste caso é a postura. É a necessidade de nos vermos no lugar de consumidores e sabermos que, se muita gente reclamar da embalagem da pasta de dente, quem sabe aquela caixa extra, sem nenhuma utilidade, não deixa de existir? Uma atitude simples como esta, de levar os vidros na loja do bairro e comprar a granel, pode ser revolucionária por incentivar o comércio local. Por mudar um hábito de consumo.
Precisamos entender que, atualmente é revolucionário saber a procedência da sua comida. É absolutamente transgressor ter empatia pelas pessoas e pelo meio ambiente, comer comida sem agrotóxico. Não estamos nem falando de plantar a nossa alface… Mas as hortas urbanas estão aí pra nos lembrar o quanto isso é transformador.
Hoje, fazer o mínimo é o máximo.
