Antes que me acusem de adesismo ao cardápio ou ao governo da presidente Dilma (Não escrevo presidenta nem a pau!), esclareço que omelete era a única possibilidade numa noite chuvosa em que os ingredientes e a energia do cozinheiro estavam escassos.
Sozinho em casa enfrentei o desafio de me virar com o que havia na geladeira, e uma boa fritada de ovos pareceu a solução mais racional e potencialmente apetitosa.
Usei um quarto de cebola para fazer a base. Refoguei-a picadinha na frigideira com um pouco de azeite. Deixei quase queimar, porque eu queria que ela oferecesse um pouco de crocância ao resultado final.
Numa tigela coloquei:
– Três ovos (eram bem miúdos)
– Meio tomate picado (só a poupa)
– Um pouco de salsinha picada
– Duas fatias de presunto cartadas em tirinhas
– Duas fatias de queijo prato, também em tirinhas
– Um pouco de queijo parmesão ralado
– Sal e pimenta
Cairia bem uma colheradas de leite, para afofar a omelete, mas já disse que não havia muita coisa disponível.
Os ovos foram batidos e mexidos junto com os ingredientes, para que a mistura ficasse homogênea.
Com as cebolas no ponto desejado e foi tudo para a frigideira que estava bem quente. Logo que espalhamos bem os ingredientes. Com muita paciência e fogo bem baixo deixamos o calor fazer o seu trabalho lentamente até o ovo ficar todo cozido (embora eu prefira ele mal passado). Não se vira a omelete, apenas se dobra, como um envelope.
Eu nem ia postar esta ocorrência culinária, mas quando senti que a coisa estava bem resolvi fotografar (logicamente sem o capricho e o talento da Soninha) e contar esta aventura.
Ficou surpreendentemente delicioso, úmido com textura interessante. Para o “omelete possível” ficou bom demais.