Mais 42 agrotóxicos foram liberados pelo governo. O Diário Oficial da União desta segunda-feira divulga o ano nº 42. Segundo matéria do site do Ministério da Agricultura “apenas um produto traz um ingrediente ativo novo, os demais são produtos genéricos que já estavam presentes em outros produtos existentes no mercado”.
Conforme o Ministério, “da lista de registros, 29 são produtos técnicos equivalentes, ou seja, genéricos de princípios ativos já autorizados no país, para uso industrial. Outros 12 registros (10 de origem química e dois de origem microbiológica) são produtos genéricos que já estão prontos para serem usados no controle de pragas na agricultura brasileira. Em média, os produtos registrados hoje estavam há quatro anos na fila para aprovação”.
Também está na lista o registro do produto técnico à base do ingrediente ativo florpirauxifen-benzil, que é o primeiro ingrediente ativo novo aprovado em 2019. Ele apresenta alta eficiência contra a infestação de diversas plantas daninhas para as quais hoje o produtor rural tem muitas dificuldades para controlar.
Risco ambiental do agrotóxico liberado
Segundo estudos ecotoxicológicos da Universidade Hertfordshire, da Inglaterra, no site IUPAC – global availability of information on agrochemicals, o florpirauxifen-benzil causa alto impacto em peixes e invertebrados aquáticos e impacto médio sobre plantas aquáticas e algas. Ou seja, trata-se de um risco a saúde de rios, riachos, açudes e lagos. Se for considerado que o herbicida se destina especialmente a lavouras de arroz, que tem uso intensivo de água, podemos deduzir alto impacto ambiental.
Saúde humana
O agrotóxico liberado, segundo a universidade inglesa, no organismo humano é desregulador endócrino, neurotóxico, irritante do trato respiratório, pelo e olhos e é fotoxicante (causa queimaduras quando em contato com a pele e a luz intensa).
A liberação de agrotóxico se ampliou enormemente no Brasil em 2019. Com este último lote foram 239 liberações só no governo Bolsonaro. A presença alarmante de defensivos agrícolas em produtos brasileiros já faz com que haja boicote a vegetais produzidos no Brasil em países do exterior.
