Uma das coisas ruins da quarentena durante a pandemia Covid-19 é a falta de encontros. Como dizia Vinícius de Moraes, “a vida é a arte do encontro”. E não há de ser a distância a nos privar dos encontros, ainda que privados dos abraços, os afetos ainda estão plenos. E assim, cozinhar e jantar online é receita de convivência.
Os ingredientes são simples:
- Amigos do peito
- Telefones celulares
- Aplicativo de reunião
- Uma pitada de saudade
- Um receita gostosa
Mexemos tudo isto e saiu um baita jantar.
De tarde combinamos o que seria. A turma vasculhou este site em busca de algo que todos pudessem fazer, que os ingredientes estivessem disponíveis. Após frenético debate a votação virtual decidiu o cardápio: Risoto de frango com bacon.
Como risoto exige um bom caldo. Orientamos os convivas a prepararem o caldo previamente, seguindo esta receita aqui.
Na hora combinada todo mundo entrou na sala de vídeo e começamos a cozinhar. Picar cebola, refogar o bacon, refogar a cebola, refogar o arroz e fumar o arroz. Fumar o arroz? Claro que esta expressão gerou um conversalhada. Mas a gente explicou que é como os italianos se referem à operação de dar o primeiro cozimento no arroz com um cálice de vinho branco. Aí ele solta mais o amido e absorve o sabor frutado do vinho.
Mexe e mexe, como se mexe risoto. E a conversa e os risos soltas. Cada um contando como estava sua panela. Planos fechados das panelas.
– Meu braço está cansado, disse a @fatima_aw82
– Posso botar o frango desfiado? Era a dúvida da @sandracrochemore
– Bota mais caldo? Perguntava a @ferflores.f
E assim os risotos foram se aveludando ao ritmo da prosa amiga, até chegar a hora do arredondamento. Arredondamento? Sim, a finalização com muito queijo parmesão e manteiga.
Risotos prontos, mesas arrumadas. Panelas, pratos, taças, risotos e celulares nas mesas e um brinde às amizades que superam distâncias.
Uma breve avaliação de como os risotos ficaram, só para embalar a conversa que, aos poucos foi exigindo que os celulares fosses conectados aos carregadores. Amizade exige energia!
E assim celebramos a vida, os encontros. Tão longe, tão perto. Em casa!