Adoro fazer pão. Muita gente sabe disso. Muitos já provaram e algumas pessoas já me perguntaram porque eles ainda não apareceram por aqui. Pois bem, eis o post sobre pão. Certamente o primeiro de muitos.
O pão é um alimento suficiente para saciar e confortar um estômago com fome. O pain au levain, foi o primeiro pão fermentado que se tem notícias, há aproximadamente, seis mil anos, no Egito.
Como diz Jeffrey Steigarten no livro O homem que comeu de tudo, na sua definição de um bom pão, ele deve ter: “uma crosta espessa, estalante; um miolo mastigável, úmido, arejado; os sabores antigos e terrosos do trigo tostado e da fermentação aguda; e uma gama de sabores fugazes – nozes assadas, caramelo, peras secas, campos verdejantes – que não emanam nem da farinha, nem da água nem do sal, mas de alguma fonte mais misteriosa.” Vamos admitir que esse não é um pão encontrado em qualquer lugar, nem tão simples assim de fazer. A primeira dificuldade está em achar uma boa farinha.
Sabia fazer um pão bem simples, uma massa bem leve, nada muito surpreendente. Foi então que uma padeira, brasileira, mas vinda dos Estados Unidos, abriu vaga para um curso sobre pães, claro que fui empolgada fazer. Ana Rita Cohen, da Bread Food & Goodtime, foi uma excelente professora. Fiz com ela vários cursos, do pão básico aos italianos clássicos.
A mistura básica do pão é a farinha, o fermento, um pouco de açúcar para alimentar a levedura, a água, e um pouco de sal. Tudo em equilíbrio para fazer uma massa elástica. Parece simples, e até é, mas precisamos estar atentos a outros detalhes, como a temperatura ideal para alimentar os bichinhos que fazem o pão encher de ar, a temperatura do forno, a umidade constante durante o processo de assar para fazer a crosta crocante… Posso afirmar que se você não tiver um forno daqueles maravilhosos que alcançam altas temperatura, ou no mínimo uma pedra dentro do forno comum, é bem difícil conseguir um bom pão italiano.
O bacana de fazer pão é que a gente pode incrementar, pode inventar, pode variar com aqueles pãezinhos cheios de sabores e que são uma delícia. As receitas estão nos livros e nos bons sites de gastronomia. Dos pães que eu costumo fazer o meu preferido é o pão de abobrinha, uma receita clássica, que parece um pouco com bolo, e fica delicioso pra o café da tarde. Tem os amanteigados que são incrivelmente leves e aromáticos, ideias para iniciar uma refeição. Tem o pão de abóbora que fica sensacional. Tem o pão basicão de liquidificador que é prático, ótimo e leve. Ah, e os brioches que vou separar dos amanteigados, porque eles estão além: são simplesmente maravilhosos.
Dos pães que já fiz e compartilhei com amigos, acho que um dos preferidos são os pãezinhos para o jantar (Sweet rolls)
Para fazê-los você vai precisar:
5 colheres de sopa de manteiga
1 ovo
1 copo de iogurte natural
1 pacotinho de fermento biológico
¼ xíc. de água morna
2 ½ xíc. de farinha de trigo comum
½ colher de chá de sal
½ xíc. de açúcar
Mistura de ovo com leite (egg wash) para pincelar os pães.
1 – Derreta a manteiga, deixe esfriar, acrescente o ovo e o iogurte e mexa a mistura.
2- Dissolva o fermento na água morna.
3 – Combine a mistura do fermento com a do iogurte
4 – Numa tigela coloque a farinha, o açúcar e o sal. Em seguida despeje o líquido na farinha e comece a mexer.
5 – Sovar a massa até que obtenha uma consistência macia e acetinada. A massa deve ficar um pouco grudenta é normal.
6 – Cubra a vasilha com um pano de prato e deixe a massa duplicar de tamanho (mais ou menos uma hora em ambiente quentinho).
7 – Coloque a massa numa mesa de trabalho e faça pequenas bolinhas (aproximadamente 3 centímetros de diâmetro cada). Arrume as bolinhas na assadeira com pouca distância entre elas. Pincele com a mistura de leite e ovo espere mais uns 40min. para que cresçam.
Assar em forno médio – alto por 15 – 20 min.
Voilà!! Agora é só fazer e, depois, me contar como ficou.
[…] um pãozinho caseiro, na medida para arrematar aquele molhinho que fica no prato ao […]