Já apresentamos aqui no blog a receita de um delicioso nhoque de mandioquinha, ou batata baroa, para quem preferir. Como toda massa, ele é uma base extraordinária para composição com vários molhos. E como este nhoque traz o sabor forte e levemente adocicado da batata baroa, requer molhos de muita presença para fazer contraste e realçar os sabores.
Para receber um casal de amigos optamos pela combinação do nhoque com um substancioso ragu de carnes bovina e suína, cozido lentamente em vinho tinto.
Usamos meio quilo de coxão duro e porção igual de lombo suíno. Ambos cortados em cubos de uns três centímetros. Levemente enfarinhadas, as carnes foram refogadas até dourarem na gordura do bacon que foi para a panela de ferro previamente. Com as carnes douradas, vieram uma cebola, meio pimentão vermelho, dois talos de salsão e uma cenoura, tudo picadinho. Uma refogada geral em tudo e temperamos com sal, pimenta, páprica picante e mix de ervas finas.
Depois de tudo refogado foi à panela uma lata de tomates pelados e meia garrafa de vinho tinto seco (usei merlot). Daí para frente é deixar erguer fervura, baixar bem o fogo e ver o calor fazer o seu trabalho lentamente, por cerca de duas horas. Vez que outra deve-se mexer a mistura para que não pegue no fundo e verificar a necessidade de acrescentar água.
O ragu estará pronto quando as carnes estiverem desfiando e o molho bastante espesso. Os pedaços de cebola, a cenoura e o salsão devem ter sumido e virado substância e sabor no molho.
Para servir, apenas jogue o ragu sobre os nhoques e jogue lascas de parmesão por cima. É um prato de inverno, dos que esquenta os comensais.