Cerveja pede contação de história. Não tem jeito. A gente pode tratar a sério, tecnicamente, sobre o que está no prato e o que pôr no copo, e é bem legal fazer isso! Só que nada harmoniza melhor com cerveja do que a conversa.
Mesmo a cervejinha em momento solo suscita autorreflexão, às vezes uma análise crítica do personagem da série ou um esporro no comentarista do jogo.
Cerveja puxa assunto.
– Boa, né?
– Ahã, mas prefiro aquela outra.
– Também prefiro, mas aqui não tem.
– Tomei dela esses dias no bar tal.
– Ah, já fui lá! Teve um dia que…E por aí vamos, tagarelando, contando história.
Aliás, volta e meia a cerveja interfere decisivamente na história da humanidade! Não acredita? Acompanha a coluna aqui no Cozinha a Dois que aos poucos eu vou te contando.
Por hoje, quero dizer que este blog tem já uma rica história com a qual a coluna vai interagir e vou abrir pelo menos uma cerveja a cada causo que trouxer à mesa.
Lá em novembro de 2010, por exemplo, a Soninha nos contou sobre um suflê de queijo que ela fez (mate saudades aqui ). Para acompanhar, ela montou uma saladinha e grelhou bisteca, mas vamos ficar no suflê.
O próprio post menciona a leveza de um suflê de queijo, então é justo termos essa característica como critério para definir que estilo de cerveja vai bem nessa refeição. Kölsch, Witbier, American Lager, Cream Ale, são muitas as possibilidades!
Até gostaria de optar pela American Lager, aquela “pilsen levinha” das grandes marcas, mas ela merece um capítulo à parte e está na hora de encurtar a história de hoje antes que ela comece a dar sono.
Então, vamos de Kölsch! Dourada, com álcool ali na casa dos 4,5% a 5% e amargor não muito expressivo, essa cerveja tem tudo pra dar certo com o suflê de queijo da Soninha. A ideia é que, sendo leves a Kölshc e o suflê, um não se sobreponha ao outro durante a refeição. Digamos que, durante a conversa, cerveja e comida não queiram um falar mais alto que o outro. Civilizado, né!
A Kölsch é a típica cerveja da cidade de Colônia. Lá por aqueles lados da Alemanha existe uma relação já não tão civilizada envolvendo estilos de cerveja e seus municípios de origem. É treta mesmo! Na próxima, eu conto.